7/26/2007

Lo que no sé

"Não há o que degradar
venho aqui te felicitar
reapareço quando tu chamar
Rápido como um estalo
preencherei o teu olhar"

Não há correntes sóbrias
se o vento quer me embebedar
Não há onda sequer no vento
nem há rajada sequer no mar
Que transforme o caminho inteiro
Que desvie total meu espírito
Que me faça recaminhar

Hoje finda a contentação
Cantarei só, de todo cume
Infectarei com o negro meu olhar
Revoaça farão os seres da noite
ao me contemplar

De inteiro anjo e pleno,
me rebaixei a demoniar
Esfarrapos cobrirão meu corpo
Negro será meu delusionar

Enebriou minhas audições
o espanhol oráculo:
'Anjo é todo razão
Demônio: Elevai teu coração!'

Elevei meu sentimento vezes dezenas
Endemoniei-me da cabeça aos pés
Queimou-me o oráculo:
'ésta es su naturaleza'

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