1/11/2008

As árvores

Dançam as árvores, sob o som dos meus pensamentos
Provando que cada memória vale pelas farsas
Agitadas pelo vento que me ouve
Indo e vindo aos meus olhos, para mim

Cada folha é uma lembrança e vejo árvores
uma floresta imensa para meus olhos fechados
Ouço claramente cada uma delas dizendo
"foi válido e dançarei ao teu vento"

Cada palavra que exerço se confunde com o que vivi
e se digo por pouco tempo que fui valente
nas lembranças viro um leão sensato
e transformo finidades em infinito intermitente

Sob a sombra de minhas árvores memorais
me delicio da falta de sol que faz
Calmamente com as mãos apanho folhas mortas
Não todas já que não me toca o infinito tempo
Mas as que alcanço e com palavras simples
mortas já não são mais
e verdes transformadas voltam vivas
a dançar sob o vento de minha vida