12/03/2006

Quem espera sempre alcança


Ouve-se alguém berrar: corra!
Mas, então, o dia parou pra pensar.
Que correr que nada! A vida se fez e pronta está
Meus pés andarão vagar,
e irão montar o instante no calmar

Ouviu-se: anda, anda!
Pois ora!
Andarei minha mão em sua cara!
Insisto claro como um trovão:
Hei de calmar!

No intuito latente, na persistência magistral
na confiança bruta, na visão protegida
na mostruosidade solta, na permuta investida
A casa da visão moderna se subiu
e em concreto hoje está.

Nem vento nem sopro
nem grito nem choro
talvez choro, mas mão murro
talvez nada mais além de choro

Nada, nem quem muito tente
derrubará esta casa que hoje cresceu.
Instaurado está em meu peito e coração
Hei de calmar, passear
Não vou correr.