Já chega de cintos e cordas
As asas não se prezam ao ridículo de se fecharem
Estão fortes a ruflar
Basta dessa baboseira toda de contenção
Meu futuro começa agora!
Não escondo mais este chamado que escuto
Já o ouço tão claro que não atendê-lo é bobagem.
Das cabines de portas fechadas, estrago o trinco
[arranco a janela.
As sombrinhas, furarei-as todas.
A chuva passará.
O frio que suga meu calor, um ser sem casaco deparará.
Um todo aquecerá com meu sorrizo.
É hoje o fim da babaquice pensante, da contenção social, do prisma falso e incolor, da nave parada.
Hoje é o dia da nave voar firme.