Alguns manuscritos esquecidos, outros proibidos. Algumas poesias mentirosas, outras puras. Ao Livro Azul cabe falar...ao leitor, cabe interpretar.
12/01/2006
A cor de um Livro
No navegar não se basta o cheiro
ferventes animos, almas expansíveis,
os respirares se formam e inundam as bocas
tudo que por mais voante estava
hoje se despencou em minha mão
A impressão do máximo, limitada e íntima
no dia que precede o amanhã se abriu
como uma flor que nos primórdios primaverais
se abre e abraça o céu
abre os próprios braços inconsciente e trôpega
Aconteceu como o espreguiçar
do monstro imenso que acordou
Cuspidas as palavras forma
antes mesmo do acordar completo
Agitou-se antes de tudo
antes, antes, como seria se não irrompesse?
Tal qual uma imagem parada, uma fotografia?
Que idéia se convence sem se mover?
Pois eis que dito é que a idéia ganhou um movimento a mais em sua dança
Para os insensíveis, adicionada foi a lágrima
O invisível para os menos nobres agora se pôs à mostra
Tudo que desejo clamar é a anunciação
e tal de importância palavruda e monstra,
demorou-se e enrolou-se por longas linhas
Por fim, resumo: Abriram-se os olhos do Livro Azul.
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