11/22/2006

Dios e iluminatti

Das três vezes que visitei o inferno
a última já passou
Dos demônios de olhos amarelos
não sinto mais nada
nem cheiro nem ameaça
só lembrança fria e distante.

Desejei três vezes a morte ao invés da luta
Caí sem lutar por severas três vezes
Tive medo.
Três vezes.

Ouvi cantar um áureo som
e dele fiz um mantra.
Ouvi-o despedaçado, fragmentado
Hoje o completei.

Por vezes desejei morrer à luta
Amanhã terei espadas
Amanhãs serão mais claros
Ilusões se desmancharam, tal qual o antigo castelo de areia.
Findei minha inocência burra e minha fantasia negra.

Às vesperas de uma entrega fúnebre,
me recobrei e o encanto se desfez.
Na fila do despedaço, virei e corri embora.
Mantra cantei, mantra cantei.

Hoje e amanhã eu me surpreendo.
Deus, como foi acontecer comigo?
Como fui tolo, Deus! Como fui...

Hoje e amanhã eu amadureci.

Fica pra trás esse encanto escuro e mórbido.