8/03/2007

Meu coração numa pulseira de couro

"Um dia no fim de sua vida
verás que o que passou por estupidez era tú
sendo o mais bravo e o mais forte
o mais corajoso e o mais nobre
e que se não se resultou num momento imenso
imenso nunca seria mesmo que racional ficasses"


Intermitentes cenários flutuavam
por entre o carro
que vermelho sangue corria
A alma que insuflava
dentro de um dos velhos carvalhos
era finada e possessa
vibrava tão intensamente
cantava hipnótica
como um rabo verde de sereia
tratava de manter a insuficiencia
de sol no carvalho tal
e distantes as raízes do solo

Do outro segundo carvalho
primeiro não tinha notícias
e tratava por sufoco
segundo que fosse distante
milésimo de segundo longe
Tremia transparentemente
sozinho ignorava as espertas
vozes de sua íntegra razão
abria ouvidos ao maldito
coração

Que razão um dia superará
o aborto senso de perda
a mão que treme pela ida de um
que nas mãos ainda jaz
que nas mãos, chora longo por poder perder
e quando perde portanto,
chora intenso mas pouco por já não mais ter

E quão diferente seria
se carvalho segundo de forma vária
estendesse teus galhos e tremedeiras
aos olhos de carvalho primeiro
e unidos produzissem tão grotesca energia
que nem mais vividos outros seriam capazes
de admitir a existência de tal
de conferir aos tais tal poder irreal
e tornar real a maior de todas as lendas
a lenda da união real