5/20/2008

Tocha

Não valerão mais pesares
que os passeios longos nos jardins
Abertas conversas universais
se passarão por mim

Abertos olhos silvestres
presos nas imagens cristais
Feito de plenos amigos tristes
onde ficarão por mais

Escolares tons em profusão
Confundirão tenuemente
Qualquer ouvinte normal
Ainda que dono de alta mente

Do olor desprendido se fará
uma áurea, uma névoa
Tão pouco enebriante que
não consciente se notará

No fim serão abraços tantos
que sentirá que ao lado passa
a áurea amorosa que emana
e saberá que carregas
acesa a tocha dentro

Balada da Imersão

Saúda tu a norte vertente
De assobios crônicos e perdigueiros
Dos pés dançantes ao baládico som
Presente tu no preferido cativeiro

Joga tua razão séria em teus olhos
e fecha-os para o som que vem
Tu serás os pés e braços se movendo
na formatura e cor que te convém

Uma vez temido para com tua desseveridade
seguirão-te os palhaços e meretrizes
Sugados por tua colorida forma de verdade
Adorando teu vário calor preferido

Sendo tu a Baca versão do mundo
não virão em tu cores cinzas ou despassares
Cobrirás tuas ventas com confetes de luz
e de cada cor nascerá uma parte

E se unires as partes que de ti nascem
a cada som que seu corpo reverbera
se tornarás a forma física da felicidade
de um tamanho que ninguém espera