9/03/2007

Áurea liberatividade

"São mulheres desgraçadas
Como Agar o foi também,
Que sedentas, alquebradas,
De longe,bem longe vêm.
Trazendo com tíbios passos
Filhos e algemas nos braços,
N'alma lágrimas e fel.
Como Agar sofrendo tanto
Que nem o leite do pranto
Têm que dar para Ismael."

Abram as vagas resvaladas velas apagadas
para que sejam rijas chicoteadas moças gentis
que calam quem de fronte forte constela
estrelas caídas sem brilhos hostis

Levantai dos túmulos de medo
suas forças e seus segredos
Moças lindas do deserto de laços
façam brandir noutras faces teus traços

Imperosas amazonas ocidentes
trabalhai teu lado serpente
Enjaule a ignória presença do capataz
que por tal se torna rota e fugaz
Completa tal façanha serás unida em ti
Outrora escrava, agora Rainha de si