4/23/2008

Possessão

Jaz na terra o inanimado pronto
e na cabalar água se varre o atol
inenarrável priori de se ventar
o sol, justo e posto céu solar

Guardadas respirações de um meio
nascido em ferro cortado e vagão
detrido da mais vária caloria
pedaços na boca do que era perdão

Sérias tulipas do maldizer
sépias de cor e vibração
a inanição predizida do ser
contornada pela sensação

Meias tolerâncias e ditas
estações de certeza cálida
Calados monstros sagrados
Fortes, sanguinários de agito

Virados em meia volta
superfascinados e estáticos
sem palavras tornando irreal
É a criação do maior mortal

4/16/2008

Taça

O inimigo se foi
restou o ar cobreado
as nuvens, delas lembrava
voava a luz do sol dourado

Eram agora eu, o céu e o vento
a vez de saber esperar
ou não querer mais nada
nomear o trato feito

Ao largo o que enxergo é o campo
vazio de rês e de mato
em cada canto um pedaço de meu tempo
e os cantos de todos meus atos

A áurea que me envolve é como a de um herói
que convoca uma ação e esta em si reage
não como um soco que invade os olhos
mas como a onda que se sente na boca de um beijo

O inimigo é em meu futuro nunca mais
qualquer de minhas ações trazem a mim riso pleno
Toca e tocará pra sempre em mim o infinito tempo
e a taça vitoriosa da guerra que venci