2/08/2007

O que fazes por sonhar


Nasceu no teu lábio falido uma nova invenção
para trazer razão à tudo acontecido.
Era tuda barganha de emoção
que renascia sobre teu ventre ferido.


Invocaste a fera de teu ser
e quem me dera assim também o fazer.
Enegrecer meus olhos em uma Nova Era,
refazer total o meu espírito, quem dera.


É hora de num estandarte colocar o coração.
É hora de esfarrapar as roupas cálidas da razão.
É hora de levantar imenso e armado feito guerreiro.
É hora de juntar as peças e me reerguer inteiro.


Sei das horas e sei do tempo.
Sei o que faço e o que ainda tenho.
Sei que me eleva saber onde estou.
e me satifica saber o que sou.


Sou fera, sou bicho, sou anjo, sou povo.
Sou pedra, sou lixo, sou o ano, sou o novo.
Sou tudo e nada e ainda me levanto.
Sou fraco e minha boca cala e ainda canto.


O que sou não serás jamais.
Sofro, sei que sofro e tu não tanto.
Mas sei que amo mais e mais
e a ferida viva que virou meu coração
eternalizou a minha vida,
fez de mim todo canção.