11/01/2006

Eterno suspiro adquirido

No mundo de magos que vivo
encantos voam em bolhas ao ar
E tão de repente se estouram
quem meu corpo não há de aguentar

Dos passos que dou, sejam fortes!
E a pausa que faço, é pra pensar.
A minha memória é sem sorte
Mas grande hei de controlar.

A luz que sobe e some,
me mostra o triste real.
E tudo treme e pula e nada parece firmar.

Pois oh!, que tremam.
E sulcos enormes se mostrem.
Que a terra se torne um inferno,
Que tudo cheire a vertigem!

Porque eu, eu NÃO hei de soltar
A mão minha que ainda seguras.
A luz branca na luz escura.
Teu branco e imenso luar!

E não soltando eu que escolho.
E se soltar eu não morro.
E se eu soltar não me importa.

Porque ao fim foste apenas uma estrela que vi
e ainda me restam muitas ao anoitecer.

Da incandescência da raiva

Que te disponhas, para correr e para a vida,
De um elmo de ferro, com seu peso e resistência,
mas repleto de pedras e brilhantes lindos.

Que sejas forte, de maneira incrível.
E do suspiro levantes a cabeça, balbucies um resmungo
e passes...

Não é tendência a perfeição e a alegria, pós-malevolidade.
Quem é mau tem seu retorno e este, vem do inesperado.

Quem é mau, porém, não se reprime.
Da reação faz um começo.
É da vingança que se combustiliza e anda.

E os que odeia, que pena, haverão de sofrer.

Disposição.
A essência vital é feita de rearranjamento de situações.

Teu elmo de ferro pesa, mas tua maestralidade o carrega.
A raiva incadescente vinda daquele que destrói tua calma, há de queimar..

E tú, de ferro, fogo, força e poder, há de superar.

Incerto correto

Nada me empolgará,
nada me regredirá.
Nada há de ser meu fim,
busco nada,
nada pra mim.

Hei de estar no bem eterno
Flutuando pela vida
Nenhum ódio nascerá
Nem paixão me furtará.

Eu serei o sempreterno
Eu serei o começar
Eu serei o ponto zero
E minha calma circulará.

Eu prometo, eu prometo.
Eu prometo que não vou chorar.

Sagradices

Meu coração está aos pulos
Como tudo isso foi acontecer?
Túmulos sagrados perderam o segredo.
Os detalhes imperceptíveis,
agora são horrorosos.

Meu pulso se descontrolou,
aqui não é lugar pra isso!
É tudo tão absurdo, é tudo tão absurdo...
A língua quieta se inquietou,
A força que tinha se esfarrapou.

Quieto e calado, que teu erro cresceu.
Ficou tão mortal que se imperdoou,.
Um fim. Um começo. E tudo passou...

Mas ainda pulsa forte meu peito,
toda vez que ressurge o segredo.