6/30/2007

Meu jardim regado a fim

"quem vem de longe não olha direito,
quem tá mais perto tá mais perfeito"

Perdições inúteis perduraram pra sempre
e porquê lá estariam ninguém foi capaz
de entender ou de explicar
Os choros inevitáveis se tornaram
seria realmente hora de acabar?

Iludidos sinos pratas badalarão sem perdão
Prata de fim, brilho final
Baianas dançando por toda a memória
revoltas e apagando todo o passado invernal

Como águas corredeiras foram-se
minhas mágoas maneiras também
Aprontaram-se diversas faltas novas
foram-se pra sempre, como as aquelas águas

E se por no fim chegou
seria então alcançável
a idéia de reinício
a imersão no descaso?

Nay becoming an alone kind
neither some shadowful york
must I run in paired hands
without slacken, without die.

6/16/2007

Por onde andei

"Revoltas maçanetas abridouras são
Revoltos mares naufragantes são
Revoltas pessoas amadouras são
Revolta é minha alma e meu coração."

Aonde será que eu estava
enquanto você me procurava?
Andava eu pelo vale que faltava,
segurava eu na trava que balançava?

Onde estaria meu eu
se faltava à vista de qualquer um?
Por que caminhos cantava eu
se ouvia a mim nenhum?

Em que posto se embriagava minha fé?
Em que físico se estagnava minha coragem?
Pra onde se moviam minhas velhas e novas idéias?
Em que espelho d'água pairava minha imagem?

Resposta feita rodou minha boca diversas vezes:
Sou eu o monstro das multifaces
que se esconde por trás de falas
que se engrandece quando tu te calas.