"O conforto mora na filosofia."
Movem-se juntas todas as cáspias
morenas de jambo do Gabão
na dança da noite interna
cremando as frivolidades cristãs
Tentam os revoltos iglus e seus donos
trespassar e transferir a tanto branco
a negra veia e de viés despachar
toda mansidão putrida à imensidão de gelo
Se unem os marujos a braçadas
intentando inverter o curso das correntes
conferindo às remadas o pronto pranto
e as longas lágrimas amargas
Prolongam a noite os metropolitanos jovens
distorcendo o curso diário posto normal
se levantando passadas várias horas
e dormindo gastos de dança ao pôr-da-lua
Sorriem os presidiários a ponto de revoltar
mas tendo motivo, se tornam ideiais
E se riem mais por serem o expoente total
da quebra clara das regras normais
E sorriem juntos todos que revertem a ordem
e fazem da vida uma inconclusão
não seguindo placas ou ditos
ditando sua própria inclusão ou exclusão
E na independência de guia, serão mais:
as de Gabão, os de iglus, os marujos
os jovens, os presidiarios e os contraditórios.
Se portarão como genuínas formas de si mesmos.