12/05/2007

O fevereiro mais constante

Beijando as peças de um campo de trigo
um vento cantava pra outro escutar
De invisível a bastante físico
tomava dos trigos a forma e o mostrar

Apenas passante quando sozinho
Usava os seres para se iluminar
Retumbando em paredes impróprias
Fazia seus o dos outros caminhos

Impessoal e mimetista
Nunca tentou explodir em cor
Tornou-se figura contemplativa
Parece que nunca sentiu o amor

Fingiu personagens tantas vezes
que cada mais um se torna mais
incapaz de reconhecer sua real vertente
de saber se si mesmo consigo trás

E adaptado em meio ao tumultuo
não mudará pois se sente importante
se sente único, inesquecível e culto
se sente o fevereiro mais constante

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