11/16/2006

Os tanques de 1989

No máximo do desencanto,
no fervor do corpo,
no choro forte, mas branco,
na loucura imensa de um povo.

Num grito uníssono e forte,
na febre negra da repressão,
na dor que escala a morte,
no descontentamento mortal.

Nasceu o virgem de medo.
Aquele que se superou.
Parou tanqes com olhos e flores.
Se fez voz de um povo.

Nas asas crescentes da impunidade, o herói se consagrou. Se fez de coragem e entrega. Todo um povo calou.

Nenhum comentário: